A francofonia
No sentido institucional - quando é escrita com F maiúsculo -, ela qualifica a organização internacional - OIF - que reúne os 56 países e governos que optaram por aderir a sua Carta.
Quem são os francófonos?
Uma comunidade em plena expansão.
O francês nunca foi tão falado no mundo. Ele está entre as grandes línguas de comunicação do planeta. Embora seja menos falado que o chinês ou o hindi, ele é, juntamente com o inglês, a única língua presente em todos os continentes.
Por que falar francês?
Na América do Norte, para afirmar uma identidade cultural.
Na África Subsaariana, o francês permite o acesso à educação básica. Ele também é a língua do desenvolvimento e da modernidade.
Na Europa Central e Oriental, o conhecimento do francês está associado ao fato de se pertencer a uma Europa unida: suas três capitais, Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo, são francófonas e, nas instituições da União Européia, o francês é língua de trabalho.
O francês também é uma das línguas de trabalho na ONU, uma das duas línguas oficiais do Comitê Olímpico Internacional, a única língua universal dos serviços postais e a língua principal da União Africana.
A língua francesa está cada vez mais presente na Internet.
Quem ensina o francês
Os operadores da Francofonia, em estreito diálogo com a França e os 900.000 professores de francês no mundo, avaliam a demanda e ampliam o ensino a novos públicos.
Os liceus franceses e os estabelecimentos correspondentes no exterior contribuem amplamente para a difusão do francês. Essa rede única de mais de 400 estabelecimentos, implantada em 130 países, acolhe mais de 250.000 alunos franceses e estrangeiros.
A TV5 também dá o seu apoio aos professores de francês com o programa "Aprender e ensinar com a TV5".
TV5 - A televisão internacional em língua francesa
Com mais de 147 milhões de lares recebendo seu sinal pelos cinco continentes e 59 ligações de satélite, a TV5, segundo canal na classificação das televisões internacionais, oferece 24 horas de olhares cruzados pelo mundo.
264,1 milhões de pessoas compartilham a língua francesa.
Lista de endereços
Organisation internationale de la Francophonie
28, rue de Bourgogne 75007 PARIS
www.francophonie.org
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Informações para estrangeiros
http://www.ambafrance-gw.org/article.php3?id_article=354
Como saber se precisa de um visa ?
Os endereços úteis e as informações práticas para preparar a sua estadia.
Estudar em França
http://www.ambafrance-gw.org/article.php3?id_article=353
Informações sobre o ensino superior francês, as formações específicas, as bolsas atribuídas pelo Governo francês, etc.
Investir em França
http://www.ambafrance-gw.org/article.php3?id_article=352
Site da Agência Francesa para os investimentos Internacionais
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O turismo na França
O site oficial do turismo em França.
Primeiro destino turístico mundial em número de pessoas recebidas, a França (território metropolitano e ultramarino) recebe mais de 76 milhões de turistas internacionais, ou seja mais de 10% do volume mundial.
Paisagens e sítios históricos muito variados, um rico patrimônio arquitetônico e gastronômico, um parque hoteleiro diversificado e uma bem desenvolvida infra-estrutura de transportes. Esses trunfos possibilitaram o alcance dessa posição, com a contribuição de eventos esportivos e culturais de alcance internacional (Copa do Mundo de Futebol em 1998, grandes festivais de teatro, de música e de cinema em Avignon, Aix-en-Provence e Cannes, por exemplo).
Para mais informações:
Maison de la France
Magazine Label France
Ministério encarregado do Turismo: O essencial da atualidade referente às atividades turísticas, dossiês, balanços econômicos, publicações, relatórios, etc.
Agência Francesa de Engenharia Turística
Bandeira - símbolo da República
Emblema nacional da Vª República, a bandeira tricolor nasceu da reunião, durante a Revolucão Francesa, das cores do rei (branco) e da cidade de Paris (azul e vermelho).
Hoje, a bandeira tricolor tremula no alto de todos os edifícios públicos; na maior parte das cerimônias oficiais, civis ou militares, ela é desfraldada.
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"14 de julho"
Essa data é histórica não só para a França. Ela é conhecida em todo o mundo e freqüentemente representa uma virada da história, a da passagem da monarquia absoluta para regimes republicanos.
Tomada da Bastilha
A Bastilha, ao ser tomada, faz caírem com ela as monarquias absolutas, além de marcar de maneira simbólica o início de novas aspirações das quais a "declaração dos direitos do homem", de agosto de 1789, definirá os principais valores que ainda hoje são referência e inspiraram largamente a "Declaração Universal do Direitos do Homem" adotada em 1948 pela Assembléia Geral das Nações Unidas.
O euro
Para que serve a moeda única?
A moeda única fará com que desapareçam os problemas de câmbio e contribuirá para a construção européia dotando a Europa de uma moeda internacional.
Os euros
Desde 1° de janeiro de 2002, cerca de 15 bilhões de notas e 60 bilhões de moedas estão em circulação em toda zona do euro.
As moedas
Com o objetivo de simbolizar a união e a diversidade da Europa, as moedas trazem uma face comum aos doze países da zona do euro (simbolizada pelas 12 estrelas), e uma face nacional.
Na França, 3 símbolos ornamentam a face nacional das moedas:
As notas
Três elementos estão impressos nas notas: portões e janelas na frente e pontes no verso.
A taxa oficial de conversão do franco: 1 = 6,55957 FF
Moeda única
Chega-se assim ao final de um longo processo de análise, preparação das economias nacionais e transição para o euro.
1969: na reunião de cúpula de Haia, os seis países-membros da Comunidade Econômica Européia (CEE) estabelecem como objetivo a União Econômica e Monetária (Plano Barre).
1971: o plano Werner propõe uma convergência das economias nacionais com vistas a dotar a CEE de uma moeda única. A instabilidade das moedas européias faz com que o projeto seja deixado de lado por um tempo.
1972: é instaurado um controle da flutuação das moedas européias, com a criação da serpente monetária européia e, em 1979, com o sistema monetário europeu (SME).
1986: o Ato Único inscreve no tratado de Roma o objetivo da realização progressiva de uma União Econômica e Monetária (UEM).
1990: primeira etapa da UEM, com a livre circulação de capitais.
1992: o Tratado de Maastricht define os critérios de convergência entre as economias dos países participantes, etapa prévia para a moeda única.
2 de maio de 1998: o Conselho Europeu estabelece a lista dos países participantes: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal (adesão da Grécia em 2001).
1° de junho de 1998: criação do Banco Central Europeu (BCE) encarregado da política monetária européia.
1° de janeiro de 1999: o euro torna-se a moeda única. A taxa de conversão entre o euro e as moedas nacionais (1 euro = 6,55957FF) é estabelecida de maneira irrevogável. As transações nos mercados de capitais passam a ser feitas em euros.
1° de janeiro de 2002: entrada em vigor do euro nos 12 países participantes.
17 de fevereiro de 2002: o franco deixa de circular.
Mudar de moeda exige um esforço de adaptação por parte dos consumidores, das empresas e dos serviços públicos.
Uma infinidade de aspectos da vida cotidiana pedem ajuste: etiquetagem dos preços, conversão das contas bancárias, criação de bilhões de novas notas e moedas, recolhimento dos francos, etc.
Para maiores informações, consulte o site:
http://www.finances.gouv.fr/
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Comunicações
TF1
France 2
France 3
Canal +
France 5
ARTE
M6
TV5
LCI
As Rádios
Radio France Internationale
Radio France
RTL
Europe 1
Agência de imprensa
Agence France Presse
As revistas
L’Express
Le Point
Le Nouvel observateur
L’Expansion
Paris Match
Elle
Setor terciário
Com 884 bilhões de euros, a capitalização das ações na Bolsa de Paris representa 50% do PIB francês, o que classifica a capital francesa no sétimo lugar mundial.
Os principais bancos franceses são: BNP Paribas, Crédit Agricole, Société Générale e Crédit Lyonnais.
• Seguros
O setor francês de seguros vem se mantendo numa posição consolidada mundialmente, ocupando o quarto lugar com um volume de negócios de 210 bilhões de euros.
Axa, segunda maior empresa de seguros européia, CNP e AGF são as três principais empresas de seguros francesas. Os seguros pessoais (vida e saúde) prosseguem em desenvolvimento (+3%). Os seguros contra terceiros (bens e responsabilidade) apresentam um crescimento de 7%. O setor de seguros emprega cerca de 200.000 pessoas.
• Turismo
Com 75 milhões de turistas estrangeiros em 2003, a França é o país mais visitado do mundo.
Para tanto, a França dispõe de:
18.375 hotéis,
8.330 áreas de camping,
900 aldeias de férias,
190 albergues da juventude,
63.158 pousadas rurais e de interior e
29.030 quartos de hóspedes.
A França ocupa o terceiro lugar mundial em receita com o turismo, atrás dos Estados Unidos e da Espanha, faturando um total de 34,5 bilhões de euros.
O superavit comercial nesse setor chega a mais de 13,1 bilhões de euros.
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Transportes
A mais densa do mundo e a mais longa da União Européia, com 985.902 km (vias municipais, estradas departamentais, nacionais e auto-estradas) das quais 10.225 km de auto-estradas (2° lugar na Europa).
Se o transporte rodoviário representa 73% dos transportes de mercadorias, o transporte combinado, no entanto, vem fazendo grandes progressos.
• Rede ferroviária
31.986 km de vias férreas (1º de janeiro de 2003).
A França detém o recorde de velocidade (515 km/h) com o TGV (trem de grande velocidade) que circula sobre uma rede especial de 1.547 km permitindo uma velocidade comercial igual ou superior a 270 km/h.
Tráfego anual: 315 milhões de viajantes na rede principal, 83 milhões na rede TGV, 560 milhões na rede Ile-de-France e 126 bilhões de toneladas de frete transportadas.
• Transporte aéreo
Mais de 100 milhões de passageiros por ano e 4,7 bilhões de toneladas/km de frete por ano. 904 aeronaves (aviões e helicópteros) voam com bandeira francesa.
Aeroportos de Paris:
709.000 movimentos de aviões comerciais (2003), 71,5 milhões de passageiros (sexta posição no mundo) e 1,83 milhão de toneladas de frete e correspondência (2003).
• Transporte marítimo
210 navios com a capacidade total de 4,1 milhões de toneladas, transportam anualmente 91,5 milhões de toneladas de mercadorias.
A frota francesa ocupa o vigésimo-oitavo lugar mundial em tonelagem.
Marselha, maior porto francês e mediterrâneo, situa-se em quinto lugar na Europa, com um tráfego de mercadorias que chega a 92,4 milhões de toneladas..
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Pesquisa e desenvolvimento
43% do setor é financiado pelo setor público, que é responsável pelo funcionamento (em particular a manutenção dos edifícios, os salários do pessoal e o equipameento dos laboratórios) dos grandes centros nacionais de pesquisa (CNRS - todas as disciplinas, INSERM - medicina, INRA - agronomia, etc.).
A pesquisa financiada pelas empresas (57%) concentra-se nos ramos de alta densidadde tecnológica como a construção aeronáutica e espacial, a farmácia, a construção automobilística, os equipamentos de comunicação e os instrumentos de precisão.
A França está posicionada no quarto lugar entre os países da OCDE na área da pesquisa, depois do Japão e dos Estados Unidos e da Alemanha.
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Indústria
• Construção e obras públicas
Volume de negócios anual: 113,04 bilhões de euros.
Entre as maiores construtoras européias encontram-se 3 grupos franceses: Vinci, maior grupo mundial de concessões, construção e serviços associados, Bouygues e Eiffage
Nº de empregados: 1.450.000 pessoas
• Indústrias agroalimentares
Volume de negócios anual: 131,2 bilhões de euros.
Efetivo: 418 000 pessoas.
Principais setores: indústrias de carne, de leite, de grãos, confeitaria e bebidas em geral. Maior exportador e segundo maior produtor da União Européia.
Superavit comercial: 7,8 bilhões de euros.
Número de empresas: 4.250.
Principais grupos: Danone, Eridania Beghin-Say, Nestlé France, Besnier, Pernod-Ricard, Sodiaal, Socopa et Bongrain.
• Indústria química
Volume de negócios: 85 bilhões de euros.
Número de empregados: 234.200 pessoas.
As principais empresas do setor: Air Liquide, Rhodia, Hutchinson.
• Indústrias da moda e do luxo
Este setor reúne a alta-costura, a joalheria, a bijouteria, a fabricação de bolsas e malas de luxo, a perfumaria, a indústria de cosméticos e os cristais.
Os principais grupos do setor: LVMH, PPR/Gucci group Chanel, Baccarat, Hermès, Jean-Paul Gáultier, Dior, Cartier.
Volume de negócios: 28,8 bilhões de euros.
Nº de empregados: 182.134 pessoas.
• Indústria farmacêutica
Volume de negócios anual: 32,85 bilhões de euros.
Nº de empregados: 99.000 pessoas.
Quarto produtor mundial e quinto exportador mundial.
As principais empresas:
Sanofi-Synthélabo, Pierre Fabre, Servier e Aventis.
• Indústria automobilística
Volume de negócios anual: 106,3 bilhões de euros.
A França é o terceiro maior exportador mundial de automóveis particulares.
Em 2002, a balança comercial do setor alcançou um superávit de 11,2 bilhões de euros.
PSA (Peugeot-Citroën) e Renault são os principais grupos do setor automobilístico. A produção em 2002 chegou a 5.646.500 veículos.
Nº de empregados: 333.000.
• Transformação de materiais (aço, alumínio, vidro, plástico, borracha).
Volume de negócios anual: 59,19 bilhões de euros.
Principais empresas: o grupo Usinor (transformação do aço), Alcan (alumínio), Saint Gobain, maior produtor de vidro e segundo maior exportador mundial. Plastic Omnium e Sommier Allibert são os líderes franceses na transformação do plástico e Michelin é o maior produtor mundial de pneus.
• Telecomunicações e tecnologias da informação e da comunicação
Volume ne negócios anual: 73 bilhões de euros.
Parque telefônico: 35 milhões de linhas.
A France Telecom representa 48,2% do mercado, a Cegetel- SFR 34,2% e a Bouygues Telecom 17,6%.
A telefonia móvel vem conhecendo uma grande expansão, com 37,3 milhões de assinantes (maio de 2003).
No setor das telecomunicações, a Alcatel é o quarto maior fabricante de equipamentos de telecomunicações, ocupando o primeiro lugar no setor de sistemas de transmissão e é o líder mundial das redes de cabos submarinos.
A televisão digital é representada pela Thomson Multimídia, fabricante de decodificadores de televisão digital.
O comércio eletrônico representa 3,4 bilhões de euros em volume de negócios (2003).
• Indústria aeronáutica e espacial
Volume de negócios anual: 24 bilhões de euros.
Nº de empregados: 101.500 pessoas.
Principais empresas:
EADS (Airbus, Eurocopter, Astrium, MBDA, ...), Dassault Aviation, Snecma, Arianespace.
A vitrine da indústria e da tecnologia francesas na internet : www.industrie.gouv.fr/francetech
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Energia
Repartição do consumo de energia
Produção líquida de eletricidade: 566,9 bilhões de kWh, dos quais 77,8 % de origem nuclear. Faturamento energético: 22,7 bilhões de euros.
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Florestas
Ocupando o terceiro lugar em superfície dentro da União Européia, o maciço florestal francês progrediu 46% desde 1945 e aumenta a cada ano em torno de 74.000 hectares. Ele é constituído em sua maior parte de árvores folhosas (2/3) enquanto as resinosas representam o terço restante.
O Escritório Nacional das Florestas (ONF em francês) é encarregado da gestão das florestas de domínio público (1.760.000 hectares) além dos bosques e florestas pertencentes às coletividades públicas (1.810.000 hectares).
Os 11.700.000 hectares restantes pertencem a 3.500.000 proprietários privados. Riqueza biológica e paisagística, local de passeio e descanso, a floresta francesa permite também uma colheita anual de 52 milhões de metros cúbicos de madeira.
Assim, ela participa de forma única do desenvolvimento rural fornecendo matéria prima a vários ramos de atividade, que criam por sua vez um grande número de empregos.
A floresta francesa também contribui para a luta contra as transformações climáticas estocando o carbono atmosférico. Sua estocagem anual suplementar está avaliada em 10 milhões de toneladas de carbono.
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Castelos da França - festa para os sentidos
O que pode ser mais charmoso do que uma viagem por belas paisagens, regiões e cidades francesas? Do que aproveitar as delícias do Vale do Loire, Borgonha e da cidade luz?
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Agricultura
População ativa agrícola: 916.000
Superfície agrícola utilizada: 27.856.000 de hectares, ou 51% do território metropolitano.
• Principais produções agrícolas francesas
> Cereais: 69 milhões de toneladas, das quais 37,3 milhões de toneladas de trigo tenro e 16,4 milhões de toneladas de milho em grãos, primeiro produtor da UE, quinto produtor mundial.
> Vinho: 52 milhões de hectolitros, segundo produtor mundial e da UE, depois da Itália.
> Leite: 24 milhões de litros, segundo lugar na UE depois da Alemanha e quinto lugar mundial.
> Beterraba para produção do açúcar: primeiro lugar na UE e segundo lugar mundial (33,4 milhões de toneladas).
> Grãos oleaginosos: primeiro lugar na UE (5 milhões de toneladas).
• Rebanho (2002)
Bovinos: 20 milhões de cabeças Suínos: 15,3 milhões de cabeças Ovinos: 9,3 milhões de cabeças Caprinos: 1,2 milhão de cabeças
• Produção de carnes (2002)
Bovina: 1,9 milhão de TECs (Toneladas equivalentes de carcaças) Suínos: 2,4 milhões de TECs Ovina-caprina: 1,4 milhão de TECs Aves: 2,2 milhões de TECs
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Economia
A França, cujo superavit comercial foi de 19,3 bilhões de euros em 2003, é o quarto maior exportador de bens (principalmente bens de equipamento) no mundo e o segundo no que se refere aos serviços e à agricultura (principalmente cereais e produtos agroalimentares). O país é o maior produtor e exportador agrícola europeu.
Por outro lado, a França realiza 70% de seus intercâmbios comerciais com seus parceiros da União Européia (50% com a zona do euro).
A França ocupa o quarto lugar mundial em aporte de investimentos diretos provenientes do exterior. De fato, os investidores apreciam a qualidade de mão-de-obra francesa, o alto nível da pesquisa, o domínio das tecnologias avançadas, a estabilidade da moeda e um bom controle dos custos de produção.
• Produto interno bruto - PIB (2003) : 1.551 bilhões de euros • Taxa de crescimento do PIB (2003) : 0,5 % • Inflação (2003) : 2,2 % • Superavit comercial (2003) : 19,3 bilhões de euros
Comércio exterior
O superavit comercial de 2003 foi de 19,3 bilhões de euros. As exportações francesas, que atingiram um total de 401,9 bilhões de euros em 2003, representam 26% do PIB. As importações, por sua vez, somaram 382,6 bilhões de euros.
Esses números demonstram uma redução do superavit do setor de bens de equipamento (7,8 bilhões de euros) e uma estabilidade do setor agroalimentar: 6,9 bilhões de euros.
A indústria civil apresentou um superavit de 10,1 bilhões de euros.
A França efetua 70% de suas trocas com os parceiros da União Européia. Seu superavit com a U.E. foi de 2,2 bilhões de euros em 2003.
A Alemanha, a Itália, o Reino Unido, a Bélgica, o Luxemburgo, a Espanha e os Estados Unidos são os principais clientes da França.
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Museus e monumentos
Por outro lado, mais de 1.500 monumentos estão abertos ao público (8 milhões de visitantes por ano) e a Torre Eiffel é o mais visitado deles, com 6 milhões de visitantes por ano. Por fim, 38.000 edificações são protegidas pelo Ministério da Cultura a título de monumentos históricos.
www.culture.gouv.fr
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Artes
A França, que inventou o cinematógrafo em 1895, continua sendo muito dinâmica nesse setor. 212 filmes foram produzidos em 2003 (2° lugar mundial em investimentos cinematográficos).
58,4% dos franceses vão ao cinema pelo menos uma vez ao ano e 34,6% pelo menos uma vez por mês. Com mais de 5.240 salas de projeção - 97% das quais multiplex - a França é um dos países com a mais densa rede de salas de cinema.
www.cnc.fr
Música e dança
A França possui 11.300 artistas dramáticos e dançarinos, 16.200 artistas da música e do canto, 250 festivais de música, de arte lírica e dança e 8.700 artistas de variedades.
Por outro lado, é cada vez maior o número de aficionados em razão do recente e grande desenvolvimento do ensino dessas duas disciplinas (4.300 estabelecimentos especializados só na área da música).
Teatro
50.000 representaçõees por ano (teatros nacionais, centros dramáticos nacionais, palcos nacionais e teatros privados) atraem 8 milhões de espectadores regulares. À margem dos grandes palcos de Paris e seus arredores, das cidades do resto do país e dos renomados festivais como o de Avignon, vimos desenvolverem-se mais de mil companhias teatrais independentes nos últimos tempos.
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Informática e multimídia
"Nova forma de acesso ao saber", a Internet conquistou rapidamente os franceses, que são hoje 17 milhões a utilizá-la na escola, no trabalho ou em casa.
O desenvolvimento da Internet na França teve um crescimento rápido e notável: cada instituição, jornal, órgão administrativo ou empresa dispõe de seu site, cobrindo uma ampla variedade temática (esporte, educação, serviços, cinema, etc.).
Os portais e provedores de acesso (como Wanadoo do grupo France Telecom) e os sites de serviços são os mais acessados.
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Esportes
www.jeunesse-sports.gouv.fr
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A cultura em festa
Seu sucesso é renovado a cada ano: as Jornadas do Patrimônio inauguram a visita aos monumentos históricos (ministérios, embaixadas, empresas, bancos) que normalmente estão fechados para o público. A Semana da Ciência tem como objetivo informar a respeito da evolução da ciência e suas implicações para a sociedade.
Evento que tem como eixo o tema do livro e da leitura, Leitura em Festa promove encontros com escritores, ateliês de escrita, concursos de novelas e revela as atividades ligadas ao livro.
Finalmente, a Festa da Internet sensibiliza o público para os desafios da sociedade da informação.
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Saúde
A Sécurité Sociale financia 75,8% da despesa e a parcela das famílias e das empresas de seguro vem aumentando.
Uma importante reforma foi empreendida em 2004 com vistas a equilibrar as contas do ramo de seguro-saúde da Sécurité Sociale.
Para maiores informações, consulte o site:
www.sante.gouv.fr
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Rádio
O setor privado é representado pela RTL (a rádio mais ouvida da França), Europe I e Radio Monte Carlo, estações de programação geral e uma infinidade de rádios musicais, temáticas, associativas e regionais que transmitem em freqüência modulada.
Radio France Internationale RFI (45 milhões de ouvintes no mundo), a RMC-Oriente Médio, que transmitem para o Oriente Próximo e Médio e a Medi 1 para os países do Magreb, constituem o dispositivo da ação radiofônica exterior da França.
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Televisão
A paisagem audiovisual francesa é composta de mais de 180 canais de televisão:
> 4 emissoras públicas nacionais: France 2, France 3, France 5 (canal educativo) e Arte (canal cultural franco-alemão)
> 3 emissoras privadas nacionais: TF1, M6 e Canal Plus (canal por assinatura que possui 6,4 milhões de assinantes no mercado francês e 6,7 milhões no mercado internacional).
> mais de vinte emissoras de TV a cabo nacionais e locais (40% de lares são ligados a uma rede a cabo), e 7,5% dos lares possuem assinaturas dos programas da TV a cabo.
> um número incalculável de emissoras captáveis por satélite (Canal Satellite, TPS. etc).
> tv5->http://www.tv5.org e Canal France Internationale (CFI) são dois dos canais de televisão do dispositivo da ação audiovisual exterior da França.
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Publicações
As famílias francesas gastam em média 1.075 euros por ano com cultura, lazer, esportes e jogos.
Livros
Em 2002, 60.258 títulos de livros foram editados, dos quais 30 714 títulos novos e 29 544 reedições.
401 milhões de exemplares foram vendidos nesse mesmo ano por 350 editoras.
Faturamento das editoras (2002): 2,7 bilhões de euros.
Jornais
30 % dos franceses lêem um jornal todos os dias entre os 7 títulos nacionais e 65 títulos regionais.
Tiragem global anual: 2,3 bilhões de exemplares.
Periódicos
Entre os 100 maiores, 6 possuem uma tiragem superior a 1 milhão de exemplares e 8 mais de 500.000.
Com 1.354 exemplares vendidos para cada 1.000 habitantes, os franceses são os maiores leitores de revistas do mundo.
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Nível de vida
Salário líquido médio por assalariado: 21.735 euros por ano.
Poupança familiar média bruta: 1 900 euros, ou seja, 15,4 % da renda disponível.
Consumo (parte do orçamento doméstico)
Renda salarial
Em 1º de julho de 2005, o valor mensal bruto do salário mínimo interprofissional de crescimento (SMIC) era de 1.217,88 euros por 35 horas de trabalho semanal a uma taxa horária de 8,03 euros.
Renda fiscal anual média das famílias:
Profissionais liberais: 70.126 euros
Altos funcionários: 42.928 euros
Técnicos, operários especializados: 22.143 euros
Agricultores e produtores agrícolas: 21.114 euros
Outras profissões intermediárias: 20.000 euros
Operários com qualificação: 15.906 euros
Empregados: 15.327 euros
Férias
Descanso remunerado legal: 5 semanas por ano. Índice de partidas em férias: 69 %.
Sindicalismo
A França possui aproximadamente dois milhões de pessoas afiliadas a sindicatos, ou seja 8% da população ativa. É a mais baixa taxa dos países da União Européia.
As principais centrais sindicais são:
CGT (Confederação Geral do Trabalho), CFDT (Confederação Democrática do Trabalho), FO (Força Operária), CFTC (Confederação francesa dos trabalhadores cristãos) FSU (Federação Sindical Unitária).
Proteção social
O sistema francês de proteção social, a Sécurité Sociale, foi criado em 1945. Ele repousa no princípio da repartição (o atendimento aos beneficiários é assegurado pelas contribuições dos ativos).
67% da despesa com a proteção social, que representa 10,1% do PIB, é financiada pelas contribuições dos empregados e dos empregadores e 20% pelos impostos ou taxas como a CSG (Contribuição Social Generalizada) e a contribuição para o reembolso da dívida social (CRDS), que atingem igualmente as outras rendas não relacionadas ao emprego. Esse é o financiamento quase exclusivo do regime geral da Sécurité Sociale. O financiamento público representa apenas 13% dos recursos totais. Os setores de prestação de serviços são: as aposentadorias (49,2%), a saúde (27,2%), a família (12,8%) e o emprego (indenização pelo desemprego, formação profissional e inserção social) (8,4%).
A crescente proporção de aposentados em relação aos ativos, assim como os progressos da medicina e o aumento da expectativa de vida, levaram o regime geral da Sécurité Sociale a um déficit e, em 2003, à reforma do regime geral de seguro velhice.
Para maiores informações, consulte o site:
http://www.travail.gouv.fr/
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População ativa
O índice de atividade é de 74,9% para os homens e 63,8% para as mulheres.
Para maiores inormações, consulte o site:
http://www.insee.fr/
Categorias sócio-profissionais
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Religião
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Ensino
> Pré-escolar, fundamental e médio:
12.133 000 alunos
894.000 professores
68.590 escolas, colégios e liceus:
Número de professores por aluno: 1 professor para cada 13,6 alunos
Índice de aprovação no baccalauréat (exame de conclusão do ensino médio que dá acesso à universidade) em 2004: 79,7 %
> Superior:
2.268.251 estudantes
88.000 professores
83 universidades
3 600 estabelecimentos de ensino superior
Número de professores por aluno: 1 professor para cada 25,7 alunos
Para maiores informações sobre educação na França, consulte o site: www.education.gouv.fr
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População
> Nascimentos: 797.400
> O indicador conjuntural de fecundidade é de 1,91 criança por mulher
> Taxa de natalidade: 12.8 ‰
> Óbitos: 518.000 > Taxa de mortalidade: 8,3 ‰
> Casamentos: 266.300
Desde o início dos anos 90, o número de casais constituídos oficialmente diminuiu, enquanto o número de casais não-casados passava de 1,5 milhão em 1990 para 2,4 milhões. Hoje eles representam um casal a cada seis.
> Divórcios: 127.643
Estrutura de lares de acordo com o tipo de família
Repartição por grupos de idade
França - generalidades
Superfície
550.000 kilómetros quadrados
A França é o país o mais estendido da Europa ocidental (acerca de um quinto da superfície da União Europeia), e usando uma vasta zona marítima (zona económica exclusiva que se desenvolve em 11 kilómetros quadrados).
Relevo
• Planícies : 2/3 da superfície total
• Principais massivos montanhosos : os Alpes (cujo ponto culminante é o Mont-Blanc, cimo mais alto da Europa Ocidental -4.807 metros), os Pirinéus, o Jura, as Ardenas, o Massivo Central e os Vosges.
• As costas : dando acesso aos 4 espaços marítimos (o mar do Norte, a Manche, o oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo), a França dispõe de 5.500 km de costas.
Clima
Três tipos : oceânico (ao Oeste), mediterrâneo ( ao sul), continental (ao centro e este).
Ambiente
• As zonas de produção agrícola e florestal cobrem uma superfície de 48 milhões de héctares, ou seja 82% do território metropolitano.
• O massivo florestal representa 26% do território e constitui o terceiro massivo da União Europeia depois os da Suécia e da Finlândia. A superfície da floresta francesa aumentou de 35% desde 1945 e dobrou em 200 anos.
• Enquanto recensea-se 136 espécies de árvores em França, o que é exceptional para um país europeu, o número dos animais bravos vá crescendo : em 20 anos, a população dos cervos dobrou e a dos cabritos triplicou.
Com o fim de defender e valorizar o património natural da França, o Estado creou :
7 parques nacionais
132 reservas naturais
463 zonas de protecção de biotopes
389 áreas protegidas pelo Conservatório do litoral
35 parques naturais regionais envolvendo mais de 7% do território
22,11 milhares de euro (145 milhares de francos) são consagrados à protecção do ambiente, ou seja 378 euro por habitante (2.480 francos). A gestão das águas usadas e dos resíduos representa 3/4 da despesa total.
A nível internacional a França assinou tratados e convenções, cujas elaboradas pelas Nações Unidas sobre o clima, a biodiversidade e a desertificação.
www.environnement.gouv.fr
População
60,7 milhões de habitantes (2001). Densidade 107 hab/km² A França conta 52 áreas urbanas e mais de 150.000 habitantes
As quintas primeiras são :
Areas urbanas Populaçao em 2000
1. Paris 9.8 milhoes
2. Lyon 1.4 milhoes
3. Marseille-Aix-en-Provence 1.4 milhoes
4. Lille 1.1 milhoes
5. Toulouse 0.9 milhoes
Organização administrativa
A República Francesa é constituída pela :
• a metrópola (dividida em 22 regiões e 96 departamentos) ;
• 4 departamentos do ultramar (DOM) -Guadeloupe, Martinique, Guyane, Réunion ;
• 4 territórios do ultramar (TOM) -Polynésie Française, Nouvelle-Calédonie, Wallis e Futuna, as Terres australes e antarctiques françaises ;
• As colectividades territoriais a estatuto particular : Mayotte e Saint-Pierre-et-Miquelon.
www.outre-mer.gouv.fr
Et j'ai crié, crié...
Son doux visage qui me souriait,
Puis il a plu sur cette plage.
Dans cet orage elle a disparu.
Et j'ai crié, crié... "Aline !". Faut qu'elle revienne.
Et j'ai pleuré, pleuré... Oh j'avais trop de peine.
Je me suis assis auprès de son âme
Mais la belle dame s'était enfuie.
Je l'ai cherchée sans plus y croire
Et sans un espoir pour me guider.
Et j'ai crié, crié... "Aline !" pour qu'elle revienne.
Et j'ai pleuré, pleuré... Oh j'avais trop de peine.
Je n'ai gardé que ce doux visage
Comme une épave sur le sable mouillé.
Et j'ai crié, crié... "Aline !". Faut qu'elle revienne.
Et j'ai pleuré, pleuré... Oh j'avais trop de peine.
Et j'ai crié, crié... "Aline !". Faut qu'elle revienne.
Et j'ai pleuré, pleuré... Oh j'avais trop de peine.
Et j'ai crié, crié... "Aline !". Faut qu'elle revienne.
Et j'ai pleuré, pleuré... Oh j'avais trop de peine.
C'est Ma Vie
Notre histoire a commencé
Par quelques mots d'amour
C'est fou ce qu'on s'aimait
Et c'est vrai tu m'as donné
Les plus beaux de mes jours
Mais je te les rendais
Je t'ai confié san pudeur
Les secrets de mon coeur
De chanson en chanson
Et mes rêves et mes je t'aime
Le meilleur de moi même
Jusqu'au moindre frisson
C'est ma vie, c'est ma vie
Je n'y peux rien
C'est elle qui m'a choisi
C'est ma vie, c'est pas l'enfer
C'est pas le paradis
Ma candeur et mes vingt ans
Avaient su t'émouvoir
Je te couvrais de fleurs
Mais quand à mon firmament
J'ai vu des nuages noirs
J'ai senti ta froideur
Mes rires et mes larmes
La pluie et le soleil
C'est toi qui les régie
Je suis sous ton charme
Souvent tu m'émerveilles
Mais parfois tu m'oublies
C'est ma vie, c'est ma vie
Je n'y peux rien
C'est elle qui m'a choisi
C'est ma vie, c'est pas l'enfer
C'est pas le paradis
J'ai choisi tes chaînes
Mes amours mes amis
Savent que tu me tiens
Et devant toi, sur scène
Je trouve ma patrie
Dans tes bras je suis bien
Et le droit d'être triste
Quand parfois j'ai coeur gros
Je te l'ai sacrifié
Mais devant toi j'existe
Je gagne le gros lot
Je me sens sublimé
C'est ma vie, c'est ma vie
Je n'y peux rien
C'est elle qui m'a choisi
C'est ma vie, c'est pas l'enfer
C'est pas le paradis
C'est ma vie, c'est ma vie
Je n'y peux rien
C'est elle qui m'a choisi
C'est ma vie, c'est pas l'enfer
C'est pas le paradis
C'est ma vie, c'est ma vie
Je n'y peux rien
C'est elle qui m'a choisi
C'est ma vie, c'est pas l'enfer
C'est pas le paradis
Les Adjectifs Interrogatifs
Les Adjectifs Interrogatifs
Quel (masculino singular)
Quelle (feminino singular)
Quels (masculino plural)
Quelles (feminino plural)
*Répondez aux questions avec votre informations
1- Quel est votre age?
J’ai 22 ans.
2- Quel est votre nom?
C’est Rodrigues.
3- Quel est votre prénom?
C’est Marla.
4- Quelle est votre profission?
Je suis journaliste.
5- Quelle est votre nationalité?
Je suis brésilienne.
6- Quelle est votre adresse?
C’est au Avenida Rio Verde, 321.
7- Quel est votre pays?
C’est Brésil.
8- Quelle est votre situation de famille?
Je suis célibataire / marrié(e) / veuf (veuve) / séparé(e).
9- Quelle est votre ville?
C’est Goiânia / Fortaleza / São Paulo…
10- Quel est votre numéro de teléphone?
C’est 3333-6633.
"Les saisons de l'année"
Les saisons de l’année
(Le cézôn de lanê)
Printemps
La saison est une période de l'année qui observe une relative constance du climat et de la température.
D'une durée d'environ trois mois, la saison joue un rôle déterminant sur l'état de la végétation qui dépend essentiellement de facteurs climatiques.
L'expression: fruits et légumes de saison illustrent parfaitement l'influence de la saison sur l'état de la végétation.
D'un point de vue astronomique, une saison correspond à l'intervalle de temps que la terre occupe sur une portion de l'espace lors de sa gravitation autour du soleil.
C'est l'inclinaison de l'axe des pôles, combinée à la rotation de la terre autour du soleil, qui fait qu'il se produit une alternance des saisons.
Elles correspondent aux périodes qui séparent le passage de la Terre à certains points de son orbite ou, réciproquement, du Soleil à certains points de la sphère céleste, et que la mécanique céleste désigne par les équinoxes et les solstices.
Ainsi, dans les zones de climat tempéré, les saisons astronomiques correspondent grossièrement à quatre phases d'évolution du climat dans l'année :
printemps,
été,
automne,
hiver.
Dans les zones de climat tropical, on parle également de saisons mais dans le sens de saison des pluies et de saison sèche.
Cozinha(s) Francesa(s)
Pode-se dizer quee não existe "a cozinha francesa", mas sim "as cozinhas francesas".
Assim como em qualquer outro país, a culinária na França é um grande mosaico de costumes que difere de região para região. E o caráter regional da cozinha francesa é bastante marcado. No geral, os pratos típicos de cada região estão intimamente relacionados com o clima e a produção agrícola local, mas a influência dos países vizinhos também está presente.
Um ditado diz que existem duas Franças: a França que cozinha com creme de leite e manteiga, no Norte, e a França que cozinha com azeite de oliva, no Sul. Em uma visão um pouco menos simplista, pode-se afirma que a culinária Francesa está dividida da seguinte forma:
- Norte e Nordeste da França: cozinha influenciada pelos países flamands (Bélgica e Holanda), onde consome-se muita batata, carne de porco, endívias e cerveja;
- Noroeste: a cozinha do noroeste divide-se na cozinha da Normandia, onde se consome muito creme de leite, manteiga, maçãs e cidra, e a cozinha da Bretanha, onde o forte são os frutos do mar;
- Leste: o leste da França já pertenceu à Alemanha (quem nunca ouviu falar da Alsácia ?), por isso os pratos típicos são as carnes de porco, as salsichas e o choucroute. Acompanham o vinho branco e a cerveja;
- Sudeste: a chamada cozinha mediterrânea possui fortes influências italianas, e utiliza muito o azeite de oliva, o tomate e as ervas aromáticas (as Herbes de Provence);
- Sudoeste: nesta região a culinária utiliza muito as carnes de pato e ganso, assim como os seus derivados. Na fronteira com a Espanha, região do País Basco, alguns pratos são comuns entre os dois países, como o presunto cru.
França de trem?
Fora da capital francesa, cidades cheias de vida, como Marselha e Mulhouse, revelam uma cultura suave como um queijo brie, e 22 regiões oferecem especialidades gastronômicas locais, vinhos, castelos, história e o prazer de viver.
Dicas
Paisagem urbana
Depois de ver em Paris o revolucionário Centro Pompidou e a enorme Torre Eiffel, vá ao sul conferir o rico ocre da renascentista Lyon e a influência espanhola em Toulouse. Dirija-se ao oeste para conhecer a neoclássica Bordeaux e ao leste para descobrir os inúmeros canais de Estrasburgo. Mais ao norte, inspire-se com a catedral gótica de Rouen.
Paisagem natural
Pule de castelo em castelo no Vale do Loire. Em Provença, impressione-se com o Mont Saint Victoire de Cézanne ou corra com cavalos selvagens na planície de Camargue. Apanhe mirtilos nos Alpes e toque menires pré-históricos na ventania da Bretanha. Voe de parapente nos pontiagudos Pireneus e navegue em uma canoa no exuberante rio Ardèche. Nade nas águas transparentes da Córsega.
Leve para casa
Saia à caça de azeite de oliva em Provença, patê de foie gras em Dordogne e queijo azul em Roquefort. Encha a sacola de itens de marca em Paris, Saint-Tropez e Cannes ou produtos a preços de barganha nas lojas de fábrica de Lille. Adquira produtos artesanais como luvas em Millau e porcelana em Limoges. Compre vinho do Loire, da Burgúndia e de Bordeaux ou cidra de pêra da Normandia.
Comes e bebes
Experimente especialidades regionais, como o substancioso cassoulet (cozido de carne de porco e feijão) no sudoeste, galettes (panquecas salgadas) e cidra na Normandia ou a sopa bouillabaisse acompanhada do inebriante pastis em Marselha. Os vinhos vão de impagáveis garrafas de Bordeaux a clássicos econômicos da província de Languedoc.
Nova perspectiva
Freqüente exposições de arte contemporânea em locais como os Abattoires em Toulouse e o Palais de Tokyo em Paris. Ou então passeie pelo viaduto Millau, a estonteante obra do arquiteto Norman Foster.
Lugares populares em França
Ais de Provença
Angoulême
Annecy
Avignon
Besançon
Bordeaux
Cannes
Dijon
Grenoble
La Rochelle
Lille
Lourdes
Lyon
Marselha
Montpellier
Mulhouse
Nantes
Nice
Paris
Rennes
Estrasburgo
Toulouse
Tours
Fronteiras
Alemanha
Bélgica
Espanha
Inglaterra
Itália
Luxemburgo
Suíça
Destaques
Annecy
Moldada por montanhas cobertas de gelo às margens do lago homônimo, a cidade francesa de Annecy atrai amantes de esportes aquáticos no verão e de esqui no inverno. Visite na Cidade Velha o Palais de l’Île, uma antiga prisão construída no século XII e que parece flutuar no canal Thiou.
Cannes
Suave, ensolarada e repleta de celebridades, Cannes fica na Riviera Francesa, com uma curva de praias, lojas de marca, arquitetura art decó e experientes jogadores de petanca espremidos entre o Mediterrâneo e as montanhas ao fundo.
Fonte: www.raileurope.com.br/France
Queijos, chocolates e vinhos os sucessos da cozinha francesa
A variedade de tipos, feitos com leite de cabra, vaca ou ovelha, chega a impressionar: 365, um para cada dia do ano, incluindo os saborosos Maroilles e Dauphin, os picantes Rollot e Coulommiers e os aclamados Munster, Brie e Camembert.
Um dos muitos templos do fromage em Paris, a casa Androuët oferece uma rica seleção: os cremosos, os fortes, o tipo sueco dos Alpes (usado para fondue), o Cantal, que é bem curado, aromático e meio duro, e o Roquefort, entre tantos outros.
Misto de mousse e espuma delicada de queijo, o tipo Fontainebleau lembra o gosto da nata e é também considerado sobremesa. Foi criado pelo mestre Barthélemy, na década de 40. Hoje, pode ser apreciado em várias regiões da França, mas encontra na cidade que lhe deu o nome, localizada nos arredores de Paris, um de seus endereços mais especiais: a Fromagerie Barthélemy, que oferece a receita original da iguaria.
O queijo Camembert é macio e cremoso. Existe desde o século 18 na Normandia.
O Camembert é feito de leite de vaca sem ser pasteurizado,
é amadurecido pela cândida de Penicillium por três semanas.
é produzido em formas pequenas, aproximadamente 250 gramas
em peso, que são embrulhadas em papel e empacotado em cai-
xas de madeira finas.
O Camembert pode ser usado em muitos pratos, mas pode ser
comido cru com pão ou com vinho ou carne, goza de sabor sutil
e textura que não sobrevivem ao aquecimento. Normalmente
é servido à temperatura ambiente.
Chocolate...
Já o chocolate francês é conhecido por ser o menos doce do mundo, mesmo sendo igualmente saboroso. Há muito tempo, era usado como medicamento, recomendado ao rei Luis XIV por seu boticário, o monsieur Sulpice Debauve. Em 1800, junto com seu sobrinho Antoine Gallais, Debauve abriu uma fábrica de chocolates, cuja reputação fez rapidamente dele o fornecedor oficial dos reis Louis XVIII, Charles X e Louis-Philippe. Assim, há mais de 200 anos, essa casa parisiense de fama mundial oferece delícias fabricadas com cacau.
Vinhos...
A França também é referência quando o assunto é vinho de altíssima qualidade. Em Paris, sommeliers exigentes e curiosos sobre o assunto podem encontrar verdadeiros achados na Vinis Illustribus, parada obrigatória para quem busca vinhos antigos e garrafas raras, além, claro, de uma fina seleção dos melhores rótulos fabricados atualmente em todo o mundo.
Dica
Uma vez por lá, não deixe de visitar o magnífico Museu e Castelo de Fontainebleau, que foi consagrado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1981 e é considerado um dos mais majestosos da França. Sua construção foi iniciada no século XII e a decoração, a partir do século XVI. Ambas são realizações dos italianos Rosso e Primaticcio, introdutores do maneirismo – movimentos artísticos de retomada de certas expressões da cultura medieval, contrários aos valores clássicos prestigiados pelo humanismo renascentista – no país.
Fonte:
http://www.franceguide.fr/
Mais em:
http://universogastronomico-turismo-brasilrs.blogspot.com/
A gastronomia e as terras produtivas na França
O nascimento da palavra gastronomia é mais fácil de localizar no tempo do que a atividade que ela designa. Empregada pela primeira vez em 1801 por Joseph Berchoux, um autor hoje esquecido, nessa época ela significava "a arte da boa mesa". Os humanos, que inventaram a cozinha antes da agricultura e da pecuária, não esperaram por essa data para se interessar de perto pelo que comiam. O surgimento dessa palavra nos primeiros anos do século XIX também não era fortuita: uma crescente parcela dos franceses começava a tomar consciência então da originalidade de seu patrimônio nesse campo.
Uma fama de longa data
Desde meados do século XVII, na França, a nobreza e seus cozinheiros começaram a renovar os gostos e modos à mesa. Eles foram os únicos na Europa a escolher de maneira tão evidente a busca sistemática da inovação. Sua singularidade logo se mostrou produtiva. O que chama a atenção do historiador é a abundância e a concordância das fontes que atestam essa originalidade francesa. Livros de receitas revelam importantes modificações nas práticas culinárias e alguns manuais de etiqueta atestam mudanças profundas ocorridas na maneira de se portar à mesa.
Por fim, testemunhos literários, memórias ou relatos de viagens, demonstram que em menos de cinqüenta anos, entre 1650 e 1700, os franceses das camadas sociais privilegiadas haviam adquirido a certeza de que a sua maneira de comer era superior à dos outros povos da Europa. O que faz perceber aí não se tratar apenas de uma lamentável prova de chauvinismo é o fato de um grande número de outros testemunhos, escritos por visitantes estrangeiros vindos à França, comprovarem que estes últimos reconhecem uma superioridade francesa nesse campo.
Um século mais tarde, no século XIX, os textos escritos revelam que a Revolução Francesa não mudou grande coisa em matéria de gastronomia, porém o contrário. Na época, era maior o número de franceses convencidos de sua superioridade à mesa. Os visitantes estrangeiros, por sua vez, continuavam se mostrando inclinados a reconhecer o prazer excepcional que sentiam em comer à francesa. Além disso, estes últimos passaram a ser singularmente bem mais numerosos, em decorrência das recorrentes derrotas militares das forças francesas, o que levou um grande número de soldados europeus a visitar a França na qualidade de vencedores. Eles freqüentavam assiduamente os restaurantes, que exaltavam em seguida sem reservas, particularmente no que se refere aos primeiros grandes restaurantes.
Os grandes restaurantes! Essa invenção francesa do final do século XVIII ganhou força no final do século XIX.
Uma nova clientela freqüentava esses restaurantes tendo em mente uma idéia de luxo alimentar reservado até então às mesas privadas de ricos privilegiados. Ao mesmo tempo, as palavras gastronomia e grastrônomos faziam muito pela reputação do que elas designavam, graças, principalmente, a autores como Grimod de la Reynière e Brillat-Savarin.
Originalmente, a gastronomia nada mais é do que essa difusão a um público cada vez mais amplo, no século XIX, de uma arte de bem viver à mesa que havia sido renovada no século XVII, no estreito círculo da nobreza francesa.
Sabores naturais, produtos frescos e elegância à mesa
Mas, o que foi exatamente essa renovação, ocorrida durante o século XVII, que concedeu à gastronomia francesa uma reputação assim tão duradoura?
O espírito de inovação, nessa época, era estimulado pela nobreza. Imitando seu rei, Luís XIV, ela procurava sempre distinguir-se do povo, mas também das outras nobrezas européias. Esse desejo elitista de refinamento gerou um amplo movimento de renovação dos costumes na França.
O abandono dos sabores herdados da cozinha da Idade Média por parte dos cozinheiros franceses situa-se nesse contexto. Eles reduziram drasticamente o uso das especiarias, consideradas cada vez menos como produtos de luxo. Eles pararam de empregar as misturas do doce com o salgado e os sabores agridoces (na Idade Média, o açúcar, produto importado, era considerado uma especiaria). As cozinhas de outros países da Europa, em particular as do leste e do norte, que não passaram por essa renovação, conservam intactos até hoje esses sabores antigos.
Os cozinheiros franceses dos séculos XVII e XVIII também privilegiaram o cozimento, preservando ao máximo o sabor das carnes, o que teve o efeito de estimular o desenvolvimento de um abate de boa qualidade. Eles exigiram dos hortelões legumes frescos e tenros e dos peixeiros um acondicionamento irrepreensível.
Muitos exemplos ainda existentes comprovam essas novas exigências da época: por volta do ano 1680, a nova Horta Real de Versalhes, obra de La Quintinie, entrou em funcionamento. Graças às carroças puxadas a cavalo, que traziam a pesca do Canal da Mancha a grande galope, os peixeiros parisienses estavam em condições de oferecer peixes os mais frescos possível: a rua Poissonnière (peixeira), que fazia a ligação entre as portas do norte de Paris e seu centro, ainda hoje lembra, pelo nome, essa forma particular de abastecimento.
Em suma, se fôssemos resumir numa única frase a grande novidade dessa nova cozinha do século XVII, poderíamos dizer que ela privilegiava os sabores naturais dos produtos e não os dos temperos.
Primeira página do "Cuisinier François", de François Pierre, conhecido por La Varenne, cozinheiro do Marquês de Uxelles. Esse foi o primeiro livro de cozinha a colocar em prática as inovações francesas surgidas no século XVII.
A nobreza também tratava de refinar seus modos à mesa. No final do século XVII e no início do XVIII, generalizou-se a individualização do serviço de mesa: para cada comensal seu conjunto de peças. Algumas delas, como o garfo, era de uso recente, enquanto outras eram reservadas ao serviço dos pratos. Isso também representava uma ruptura com os hábitos herdados da refeição medieval, durante a qual os convivas serviam-se mergulhando as mãos no prato comum a todos e onde cada um compartilhava sua tábua de madeira (tranchoir) com o vizinho imediato.
Ao longo do século XVIII, essa nova forma de convívio favoreceu o surgimento da idéia moderna da refeição ideal. Por um lado, ela é feita antes de mais nada com aqueles cuja companhia nos agrada. Por outro lado, a preferência é dada à elegância à mesa e nela degustam-se alimentos e vinhos procurados pelo primor de sua elaboração. Esse ideal de convívio até hoje é o que almejamos.
Os trunfos da história e da geografia
Por que a gastronomia se desenvolveu na França? Em primeiro lugar, há a história: nos séculos XVII e XVIII, o país é uma das primeiras potências européias em população, riqueza e política externa. Essa situação é propícia às ambições culturais. Ela estimula também fortes tendências hegemônicas, tanto em matéria de cozinha quanto em outros setores. Os debates atuais provocados pela extensão na Europa dos hábitos alimentares norte-americanos demonstram que o problema é eterno!
Em seguida, há a geografia da França. Ela é o mais extenso dos territórios europeus: ela oferece terras produtivas muito variadas, diversos tipos de clima e quatro fachadas marítimas. Um império colonial extenso enriqueceu, durante o século, esse contexto natural já favorecido. Um capital geográfico como esse oferece excelentes possibilidades agrícolas e recursos generosos. A renovação da cozinha descrita acima privilegiava o gosto natural dos produtos e, por isso mesmo, a valorização de suas qualidades. A união desse movimento inovador com essa geografia fecunda deu início a um processo duradouro de estímulos recíprocos entre produtos específicos de cada terra e conhecimentos culinários.
Esse traço duradouro da cultura francesa produz aliás efeitos contraditórios. Muitas vezes, ele gera uma defesa ardorosa por parte dos franceses de suas tradições culinárias, mas também estimula seu entusiasmo para incorporar novidades alimentares vindas de outros países. Ele explica também sua tendência a buscar, algumas vezes de maneira obsessiva, os melhores produtos, mas caracteriza, ao mesmo tempo, seu gosto pela valorização das experiências que possibilitam exaltar os gêneros alimentícios mais comuns.
Os cardápios dos grandes chefs de cozinha franceses de hoje refletem explicitamente essas contradições. Alain Passard, por exemplo, abandonou quase totalmente a cozinha à base de carnes, concentrando-se na alta gastronomia dos legumes, gênero alimentício até então considerado secundário. Ele oferece, por exemplo, uma "alcachofra da Bretanha grelhada, aromatizada com tília" ou "cenouras com laranja e espinafre na manteiga salgada". Por outro lado, agora com o estandarte dos produtos nobres erguido no mais alto nível, Alain Sanderens e Pierre Gagnaire apresentam respectivamente um "‘homard’ [espécie de lagosta com grandes pinças] da Bretanha com licor Bourbon de Madagascar" e "grandes lagostins à manteiga de nozes, com guarnição ‘royale’ de foie gras". Entre esses dois extremos, Alain Dutournier apresenta uma clássica "perdiz vermelha em folha de repolho tenro" ou um saboroso "pernil de ovelha cravado de anchovas"…
A gastronomia francesa de hoje
Neste início de século XXI, a gastronomia na França seria a coisa que melhor se compartilha? Os franceses atribuem sempre uma grande importância à sua alimentação. Mais do que outros povos, eles formalizam suas refeições (horários, rituais, etc.) e, sobretudo, dedicam mais tempo a isso todos os dias. É verdade que um certo número de visitantes estrangeiros na França conhecem melhor a cultura gastronômica do que muitos franceses, mas vale constatar que um francês sempre tem dificuldade de confessar suas lacunas nesse campo. Seria um engano ver nessas confissões difíceis outra coisa além do remorso de herdeiro de um legado mal valorizado. É muito significativo ouvir muitos franceses declararem que a gastronomia é uma refeição feita fora de casa, num restaurante famoso, por exemplo, e que a alimentação doméstica, mesmo que seja boa e tranqüilizadora, em geral situa-se em um nível inferior.
Na França, os modismos desempenham um papel considerável em gastronomia. Alternam-se os recuos pusilânimes aos valores "consagrados" dos produtos e experiências regionais franceses e a paixão tão violenta quanto espontânea pelos mais exóticos sabores. Resumindo, os franceses fantasiam a sua gastronomia tanto quanto a vivem. Essa atitude serve de propulsor para a produção de um discurso gastronômico muito rico. Encontram-se livros, guias, revistas e sites da Internet em profusão, mas a propaganda de boca em boca desempenha um papel considerável. Assim, ocorre que o essencial da conversa de uma refeição fina é dedicado a evocar os pratos degustados na véspera, ou os que serão degustados no dia seguinte…
Produções tradicionais: um patrimônio vivo
Os franceses possuem uma consciência particularmente aguçada do valor econômico e sobretudo cultural de seus produtos da terra. Na França, os poderes públicos vêm animando há alguns anos uma discussão aprofundada a esse respeito. Ela permitiu que se estabelecessem critérios, classificando esses produtos de maneira clara.
Aprendizado e inovação
A transmissão do conhecimento e da experiência é indispensável para a manutenção e o desenvolvimento da gastronomia francesa. Mas o valor dos chefs formados na França (entre os quais muitos estrangeiros) não pode ser medido pela habilidade em reproduzir um repertório francês congelado por toda a eternidade: é a sua capacidade de inovar que mantém sua reputação. É nisso que acredita Alain Ducasse, um dos cozinheiros franceses mais conhecidos fora das fronteiras francesas, que considera a renovação da pedagogia como um objetivo prioritário para o que diz respeito ao conjunto das artes do paladar. Uma convicção que ele pode aplicar como presidente que é do Instituto Francês de Formação e Pesquisa sobre as Artes Culinárias, a Gastronomia e as Terras Produtivas (em francês, IFRAC). Concebido por seus idealizadores como "uma passarela lançada entre o mundo da educação e o da gastronomia, entre os profissionais da alimentação e os jovens estudantes", esse instituto coleta e divulga múltiplas informações tanto em matéria de formação profissional, de receitas e de experiência quanto de estudos históricos e pesquisas científicas sobre o paladar e os sabores.
Se um determinado produto não pode ser transposto de uma região produtiva a outra, por outro lado é evidente que as suas qualidades não podem ser atribuídas unicamente às condições naturais do meio que o viu nascer. Esse meio é responsável por aquela produção apenas porque os homens que nele vivem pacientemente "fabricaram seu território" ao longo dos séculos passados e continuam a fazê-lo ainda hoje.
Terroirs e produtos do terroir
Palavra francesa muito antiga, freqüentemente sem equivalente em outras línguas, o terroir designa classicamente uma extensão limitada de terra considerada segundo o ponto de vista de suas aptidões agrícolas (Dicionário Robert). Geógrafos como Pierre George propuseram uma definição mais precisa ainda da palavra, falando de um conjunto de terras trabalhadas por uma coletividade social unida por laços familiares e culturais, por tradições mais ou menos vivas de defesa comum e de solidariedade de exploração. Com as transformações vividas pela sociedade francesa ao longo do século XX, o terroir tornou-se um valor-refúgio autêntico e o lugar comum de diversas nostalgias e, acima de tudo, é identificado aos produtos que nele se originam, para os quais passa a ser um sinal tangível de qualidade e até mesmo uma verdadeira marca.
Esses produtos tradicionais, chamados de produtos de terroir, dependem portanto, pelo menos, tanto das condições naturais quanto da experiência humana. Tomaremos como prova disso o fato de que as receitas de terroir, emblemáticas das regiões onde nasceram, são, em primeiro lugar e acima de tudo, uma questão de conhecimento, de experiência, como o famoso cassoulet de Castelnaudary, cuja execução depende tanto de produtos muito elaborados preparados antecipadamente, como as carnes em conserva (confites), e de uma habilidade muito particular, que exige um aprendizado longo e minucioso. Da mesma forma, seria totalmente errado fazer dos produtos de terroir criações de sociedades rurais confinadas, voltadas para si mesmas. É verdade que as tradições agrícolas baseiam-se em patrimônios culturais locais, mas elas se nutriram também de aberturas repetidas para o vasto mundo. A inovação "bem temperada" é um elemento de proteção da ruralidade e não uma ameaça. Como é o caso do Piquenchagne da região de Allier, um pão tipo brioche recheado de pera, maçã, ou marmelo pochês num leve xarope, aromatizado com canela, uma especiaria vinda do Oriente.
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Cassoulet de Castelnaudary
Ingredientes: feijão branco da região de Lauragais (sul da França) cozido na água temperada do cozimento do torresmo cortado em quadrados e pés de porco, buquê de ervas e dentes de alho. Depois de escorridos e reservando a água do cozimento, o feijão, o alho e os pés desossados e cortados em pedaços são misturados e dispostos em uma caçarola de barro em camadas alternadas com as seguintes carnes preparadas à parte: ombro, ou lombo de porco conservados na gordura (confit) ou assados, cortados em pedaços grandes, ou ainda costeletas de porco douradas na frigideira; confit de ganso ou pato; lingüiça fresca tostada na frigideira, cortada em pedaços e disposta por último. A água do cozimento reservada é despejada sobre os ingredientes e o conjunto é colocado para cozinhar em fogo médio o tempo necessário para a redução do líquido ao ponto desejado de consistência, rompendo periodicamente a crosta que se forma na superfície para verificar o ponto.
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Finalmente, e isso é um paradoxo, um produto de terroir só se torna verdadeiramente como tal quando passa a ser conhecido e procurado fora da região que o viu nascer. Esta última condição é, ao mesmo tempo, uma boa coisa e uma fonte de graves riscos. Ela é uma boa coisa porque a fama torna-se rapidamente uma garantia de perenidade para um produto tradicional de qualidade. É uma fonte de riscos graves também porque o sucesso faz muitas vezes nascer a vontade de aumentar o ritmo de produção e a qualidade do produto. Essa intensificação traz o risco de fazer com que as qualidades fundamentais, que representavam justamente o valor da produção tradicional, por definição bastante maltusiana, tornem-se insípidas. A busca do equilíbrio num contexto como esse mostra-se portanto delicada. Evidentemente, terroirs e produtos de terroir não são como peças de museu, de status rigidamente definido pelo senso comum. Ao contrário, convém insistir na natureza da sua dinâmica e no fato de pertencerem às espécies vivas. Assim, a defesa dos terroirs e de seus produtos é tanto uma questão de vigilância pela preservação de sua autenticidade, quanto de capacidade de adaptação às evoluções do mundo.
O restaurante "Le Grand Véfour", instalado nas galerias do Palais-Royal desde o século XVIII e ainda hoje considerado uma das melhores mesas de Paris, é o mais antigo restaurante da capital francesa (in: Les Français à la Table, Atlas Historique de la Gastronomie Française, Hachette, 1997).
Intituto Francês de Formação e Pesquisa
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Os vinhos da França - por Pascal Ribéreau-Gayon