França _ O Calor das delícias do inverno





A chegada do branco do inverno anuncia o período das festas de fim de ano, que se estendem do Natal ao Ano Novo. Assistimos à chegada de pratos típicos e audáciosas culinárias, tendo em comum a preocupação com a excelência dos produtos. Nessa época, vemos aparecer nas mesas francesas: ostras, foie gras, trufas, queijos, buches de Natal e marrons glacés.


Com tantos pratos prestigiosos é sempre bom ter como acompanhamento vinhos encorpados, champanhes renomadas, conhaques e armagnacs millesimés.

“ Entre pães e queijos de texturas e aromas insuperáveis, o dia-a-dia dos franceses é recheado de grandes delícias. Um hábito mais que essencial.”

A gastronomia está enraizada na cultura francesa. Dela, faz parte a paixão pelo pão, presente em cada refeição, sempre ao lado de um prato saboroso e de um bom vinho. É tamanha a expertise dos franceses no assunto que, em 1993, o Estado elaborou o Decreto do Pão, criando o rótulo de “Pain de Tradition Française”. Para recebê-lo, o pão não pode conter aditivo e deve ter a primeira fermentação longa.

A baguette de miolo branco, casca dourada, 250 gramas e 70 centímetros de comprimento é a pedida mais tradicional entre os franceses. Tornou-se popular em Paris, na década de 20, graças a um novo método de fermentação em que se inseria levedura diretamente na massa do pão. Inicialmente apelidada de “pão fantasia” pelos padeiros, era produzida em diferentes dimensões: baguette, bâtard ou cordão.
Para os apreciadores desta especialidade, é imperdível uma visita à boulangerie parisiense Kayser, de Eric Kayser, famosa por sua baguette com um leve sabor de mel. A casa, que alia tradição e inovação ao criar pães e doces, já recebeu importantes prêmios do circuito da gastronomia mundial e possui seis unidades em Paris, além de outras tantas espalhadas pelo mundo. Única e com 70 anos de tradição na capital francesa, a padaria Poilâne é procurada pelo pão que leva o nome de seu criador, o já falecido Lionel Poilâne. Batizado de “Pain Poilâne” ele é pesado, redondo e de casca grossa. É tão procurado, que as filas após às 16 horas e durante os fins de semana é uma constante.
Também muito apreciado na França, o croissant – folhado, amanteigado e em formato de meia lua – chegou ao país no começo do século XVI e rapidamente se tornou popular, ganhando algumas variações. Além da versão clássica, o pão pode ser recheado com vegetais e diferentes tipos de queijo. Na Le Moulin de la Vierge é possível degustar um delicioso croissant enquanto se aprecia a arquitetura do espaço, localizado em um antigo edifício que é considerado um dos mais belos monumentos históricos parisienses.

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